Review Beats Pill+

(Publicado no TechTudo em 18/08/2018)

A Beats Pill+ é uma caixa de som portátil tanto em funcionalidade quanto em design. O tamanho pequeno e a conectividade Bluetooth permitem levar o modelo para qualquer lugar. A caixinha promete 12 horas de autonomia de bateria e ainda tem a opção de ser usada como power bank para carregar outros dispositivos como, por exemplo, o celular pareado para tocar músicas no aparelho.

O produto está à venda no site oficial da Apple pelo preço de R$ 1.099, mas já é possível encontrá-lo mais barato, por aproximadamente R$ 820, no Compare TechTudo. Para saber se a compra vale a pena, o TechTudo fez a análise da Beats e relata a experiência no review a seguir.

A Beats Pill+ tem como premissa o minimalismo. O design não é exagerado e segue à risca o nome do produto: a aparência cilíndrica, com cantos arredondados, lembra o formato de uma pílula (pill, em inglês). Com 6,36 cm de altura, comprimento de 21 cm e largura de 6,92 cm, o tamanho pequeno torna a caixa de som portátil e conveniente, pois cabe em bolsas ou mochilas sem dificuldade para ser levada aonde o dono quiser.

O modelo dá a impressão de ser ligeiramente pesada em um primeiro contato. Devido à dimensão reduzida da caixa, o peso de 745 g pode surpreender quando está em mãos, mas não chega a atrapalhar na portabilidade do aparelho.

No site oficial de vendas da Apple no Brasil, a Beats Pill+ está disponível nas cores branco, preto e vermelho. A versão testada pelo TechTudo é verde-musgo, tom da paleta da Neighbourhood Collection.

No topo do aparelho ficam os botões de controle e o indicador de LED da bateria, já os alto-falantes estão localizados na parte da frente. A traseira da caixa contém uma porta USB para plugar dispositivos a serem carregados pela Beats Pill+, que funciona como um power bank, uma entrada para conectores estéreos de 3,5 mm e outra para o cabo Lightning para USB-A, responsável pelo carregamento da bateria. As três portas são protegidas por uma capa do mesmo tom de verde-musgo que predomina na caixa de som.

Vale mencionar que a Beats Pill+ não vem com o cabo para carregamento de dispositivos externos e nem o conector 3,5 mm. Merece destaque também o fato de que a entrada USB pode ser usada somente para carregar aparelhos. Ou seja, não é possível plugar um pen drive e esperar que o conteúdo de áudio seja reproduzido pela caixa de som.

A caixa conta com o menor número possível de botões, como consequência de sua interface simples, e eles são quatro no total. Com exceção dos botões para aumentar e abaixar volume, todos os outros acumulam mais de uma função. O liga/desliga também é responsável por ativar o LED indicativo de carga restante da bateria. Já o chamado “botão multifunções B” realiza diferentes comandos: um toque pausa a música, dois toques fazem a caixa pular para a música seguinte, e três toques reiniciam a canção.

Durante os testes, a Beats Pill+ levou dois segundos para responder ao comando de pausa, e um segundo para voltar a tocar a canção. Isso mostra um ponto negativo da abordagem enxuta da interface do aparelho: usuários mais impacientes, por exemplo, correm o risco de apertarem duas vezes consecutivas o botão B e, em vez de pausar a música, avançar para a próxima faixa.

Em volume moderado, a bateria da Beats Pill+ durou 13 horas em funcionamento via conexão Bluetooth, uma hora a mais do que o prazo estipulado na ficha técnica. O carregador e cabo Lightning vêm inclusos na caixa do aparelho e, segundo a Apple, a bateria de lítio está recarregada em três horas. Novamente, na prática, a caixa de som se superou, levando cerca de duas horas e 40 minutos para carregar quando em repouso.

Em resumo, o desempenho da bateria é satisfatório: o tempo de carregamento não é demorado quando levamos em consideração o período de autonomia de 12 horas.

A Beats Pill+ não deixa o usuário “no escuro” quanto à carga da bateria: é possível checá-la a qualquer momento com um toque sobre o liga/desliga. Essa ação ativa o indicador de LED ao lado do botão, que mostra a carga restante de acordo com o número de luzes acesas.

Quem possui dispositivo iOS, como iPhone ou iPod, tem vantagem nesse quesito: ao parear o aparelho com a caixa de som, uma barra aparece no canto superior direito da tela ao lado do ícone de Bluetooth. O tamanho dela indica a carga de bateria da Beats Pill+ sem necessidade de acionar seu botão físico.

Apesar de pequena, a Beats Pill+ tem uma amplitude de som muito poderosa. A caixa é capaz de chegar a volumes altos com facilidade, e a cada pressionar dos botões de controle de altura é possível notar claramente a mudança no nível da música.

O aparelho possui quatro drivers: dois para agudos e dois para graves. Na prática, esse equilíbrio não existe entre os dois, pois em reprodução de músicas a caixa valoriza mais agudos e médios. Os graves, por sua vez, ainda estão presentes e em qualidade considerável, mas não brilham tanto assim. Vale lembrar que a fabricante não especifica os números de potência ou frequência de resposta. 

Quando conectada a um celular, a Beats Pill+ tem capacidade de tocar as próprias ligações do aparelho, e o microfone integrado à caixa facilita atender as chamadas recebidas. A música é interrompida pelo toque padrão da Beats Pill+, e basta pressionar o botão B para aceitar a ligação.

O microfone embutido é bom e, se a pessoa falar próximo à caixa, a qualidade de áudio é igual a de qualquer chamada comum. Caso se afaste da Beats Pill+ durante a ligação, o som ambiente será captado e a conversa será comprometida — a não ser que a pessoa fale mais alto do que o normal para compensar os ruídos. Assim que a chamada é finalizada (seja pelo celular ou pelo botão B), a música volta a tocar.

A conectividade Bluetooth da Beats Pill+ apresentou bom desempenho durante os testes, tendo falhado apenas uma vez ao afastar o dispositivo pareado da caixa e colocar três paredes entre os dois. A combinação “distância e obstáculos” não foi bem recebida, e a reprodução da música foi interrompida por cerca de três segundos antes de ser retomada automaticamente.

É possível ainda sincronizar duas Beats Pill+ para ampliar o alcance do som e definir as reproduções nos lados esquerdo e direito. Para isso, é necessário baixar o aplicativo da caixa de som, que está disponível para dispositivos Android e iPhone (iOS).

A Beats Pill+ está à venda por R$ 1.099 nas lojas oficiais da Apple, mas pode ser encontrada no e-commerce brasileiro por valores abaixo de R$ 900. Tendo em mente as funcionalidades e especificações da caixa de som, é válido procurar uma alternativa mais em conta (e até de qualidade superior) em outras marcas.

Por exemplo, a JBL Flip 4 promete o mesmo tempo de autonomia de bateria e pode ser comprada por menos de R$ 400 na Internet. Além disso, ela é à prova de danos quando submersa em água. Vale ressaltar que não há informações sobre certificado de proteção do modelo à água ou à poeira.

Portanto, é preciso considerar, antes da decisão de compra, qual será a finalidade da caixa de som Bluetooth. Se você quer um aparelho para usar em festas ao ar livre ou próximo de piscinas, talvez a Beats Pill+ não seja a melhor escolha. Ela é mais adequada para locais fechados, e tem bom desempenho como fundo musical para festas com 15 a 20 pessoas, por exemplo.


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